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05/08/2019

Comunidades Terapêuticas: Método Minnesota

Comunidades Terapêuticas: Método Minnesota

Franciane Zager

As Comunidades Terapêuticas exclusivamente destinadas à busca da superação das toxicomanias começaram a surgir em 1960, basicamente com dois modelos, o modelo Synanon e o modelo Minnesota, sendo este último, conforme o livro Comunidades Terapêuticas: Cenário de Inovação em Santa Catarina (p. 49, 2015)

É calcada nos Alcoólicos Anônimos (A.A) na ajuda mútua e nos doze passos. Inicialmente, era realizada em regime fechado poderia variar de 28 dias a vários meses e buscava a instilação de esperança através da confiança em um poder divino superior.

Entende-se por Comunidade Terapêutica a entidade social, pública ou privada, de interesse público, que oferece serviços especializados de atendimento às pessoas com transtornos decorrente do uso ou abuso de substâncias psicoativas, bem como a sua família, cuja abordagem envolve variadas dimensões da pessoa, quais sejam: biológica, psicológica, afetiva, social e espiritual, e cujo tratamento visa a reabilitação e a reinserção social.

As Comunidades Terapêuticas desempenham nacionalmente, um importante papel social, que tem como principal objetivo, realizar o acolhimento de pessoas com transtornos causados pelo uso de substâncias Psicoativas (SPAs), visando a promoção da abstinências e a subsequente reinserção social.
Para tanto, é utilizado uma gama de estratégias e intervenções terapêuticas que visam o tratamento, sendo um exemplo prático a utilização de técnicas propostas pela laborterapia, ou seja, terapia por meio do trabalho, relacionado a ideia de que o trabalho é um fator de saúde mental, o que vem a reforçar o objetivo principal das Comunidades Terapêuticas.

Além da laborterapia, que é, desde os primórdios, adotada pelas Comunidades Terapêuticas, sendo inclusive a estratégia mais comum na Comunidades brasileira, se torna necessário a inclusão de outras estratégias não farmacológicas, visando a mudança de estilo de vida que beneficie de forma mais ampla a saúde, e contribuindo especificamente para a abstinência e alívio dos sintomas. (SOUZA, SCARDUELLI, p.51, 2015)

Podemos utilizar a definição de Comunidade Terapêutica de Maxwell Jones, como sendo um “grupo de pessoas que se unem com um objetivo comum e que possui uma forte motivação para provocar mudanças”. Este objetivo comum, na maioria das vezes, surge em um momento de crise onde o indivíduo apresenta uma desestruturação na sua vida em todas as áreas: física, mental, espiritual, social, familiar e profissional. O objetivo da Comunidade Terapêutica é o crescimento das pessoas através de um processo individual e social, nesse sentido, o papel da equipe é ajudar o indivíduo a desenvolver seu potencial.

É com base nesse objetivo que a Comunidade Terapêutica São Francisco, utiliza o modelo Minnesota, pois compreende o indivíduo como um ser “biopsicossocioespiritual”, abordando seus aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espiritual.

O modelo Minnesota, alia técnicas de Psicologia com os fundamentos dos Doze Passos de Narcóticos Anônimos (N.A) e Alcoólicos Anônimos (A.A), baseando-se nas seguintes concepções:
• Dependência Química é uma doença e não um sintoma de outra patologia;
• É uma doença multifacetada e multidimensional;
• O motivo inicial que leva ao uso não está relacionado com o resultado do tratamento;
• Focaliza a causa que desencadeia o processo e não a pré-disposição à dependência.

Tendo em vista essas concepções, o modelo Minnesota rege-se pelos seguintes princípios:
• Tratar, mas não curar. O acolhido é motivado a aprender a viver com a Dependência Química que é uma condição crônica, e não procura as causas e nem espera por uma cura.
• Baseia-se no programa de Recuperação nos Doze Passos de A.A. e N.A., especialmente nos primeiros cinco passos.
• Recomenda-se abstinência total de substâncias psicoativas.
• Criar um ambiente onde a Comunidade Terapêutica é totalmente aberta e honesta, o que propicia uma troca de experiências em todos os níveis.
• Ter uma equipe multidisciplinar que inclui profissionais, que podem ser Dependentes Químicos em recuperação.
• Apresentar um programa essencialmente didático que é aplicável a qualquer pessoa, mas utiliza um plano de tratamento que é específico para cada acolhido.

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